La CGT se reunió con diputados del PJ para oponerse a reforma laboral

A 72 horas da marcha contra a reforma laboral proposta por Javier Milei, a Confederación General del Trabajo (CGT) se reuniu nesta segunda-feira com deputados do bloco Primeiro La Patria. O clima era de mobilização e planejamento. Os sindicatos estão se preparando para sair às ruas “nos principais centros urbanos do país”, enquanto o Governo corre para garantir os votos necessários no Congresso.

Os líderes da CGT, junto a integrantes do Conselho Directivo, se encontraram com vários legisladores do partido peronista, como Nicolás Trotta de Buenos Aires e José Glinski de Chubut. Essa reunião teve como foco discutir as próximas ações a serem tomadas diante do debate que se aproxima no Parlamento.

“Na reunião, foi ressaltada a importância de avançar na convocatória para a mobilização do próximo dia 18 de dezembro em várias cidades do país,” anunciou a confederação depois do encontro. O consenso entre os participantes foi claro: é fundamental levar essa discussão tanto às ruas quanto ao Congresso.

A CGT sobre a reforma laboral: “É um ataque aos direitos individuais e coletivos”

A proposta de reforma que o Governo enviou ao Senado na semana passada faz parte das sessões extraordinárias convocadas por Milei. A expectativa é que a votação ocorra antes do final deste ano, com a proposta avançando para a sua possível aprovação no início de 2026.

Enquanto isso, a oposição, ainda se recuperando da derrota nas últimas eleições, está se organizando para barrar essa reforma, que consideram um ataque aos direitos dos trabalhadores. O encontro de hoje entre os sindicatos e os deputados peronistas foi um passo importante nessa direção.

“Tivemos um alerta sobre o ataque iminente que essa reforma representa, tanto para os direitos individuais quanto para os coletivos, além de limitar o direito à greve,” disseram os representantes da CGT em um comunicado logo após a reunião. Eles enfatizaram a responsabilidade dos legisladores em proteger os direitos dos trabalhadores.

A CGT mobiliza-se no dia 18 de dezembro contra a reforma laboral

Na semana passada, assim que os detalhes da reforma se tornaram públicos, a CGT convocou uma mobilização para o dia 18 de dezembro, às 15h, com concentração na Plaza de Mayo. “Estamos totalmente opostos a todos os pontos dessa reforma. Estamos diante de uma situação que promove a precarização laboral,” afirmou um dirigente na semana passada.

Cristian Jerônimo destacou que a proposta oficial “é regressiva” e que não há interesse em criar um espaço de negociação genuíno. Ele também reiterou que, sem uma mesa formal que inclua a representação dos trabalhadores, a CGT não apoiará nenhuma mudança que possa reverter direitos já conquistados.

Na mesma semana, houve uma reunião entre a CGT e legisladores sobre a situação dos trabalhadores da citrus e da avicultura em Entre Ríos, com a presença de figuras como Guillermo Michel e Gustavo Bordet.

Assim é o projeto de reforma laboral do Governo

A proposta do Executivo reescreve pontos centrais da legislação laboral atual: novas regras para férias, a introdução do banco de horas, mudanças nas indemnizações, redefinição do regime de demissões, além de alterações nos procedimentos judiciais e administrativos relacionados ao trabalho.

Segundo o oficialismo, a reforma busca estabelecer um marco moderno, impactando tanto os setores público quanto privado, promovendo o que eles chamam de “reordenamento” nas relações trabalhistas. O objetivo declarado é adaptar a normativa a um modelo mais flexível e incorporar ferramentas consideradas “atualizadas” pelos responsáveis pelo projeto.

Botão Voltar ao topo